Biénio 2013 / 2015
UM RUMO COM FUTURO
Educação pública - uma opção de excelência
Apresentamo-nos para o mandato 2013/2015 da CONFAP com a pretensão de prosseguir e desenvolver uma educação de qualidade nas nossas escolas em efetiva parceira e envolvência de todos os intervenientes e responsáveis pela Educação das nossas gerações mais jovens. O nosso princípio é desenvolver a participação com as Associações de Pais e as Federações, por uma escola que sendo global e inclusa, o seja com a qualidade que se exige numa educação sustentável e alicerce do desenvolvimento social e económico de uma sociedade.
A Educação é hoje, tem de o ser, muito mais do que instruir ou apenas transmitir um conhecimento a que, aliás, as crianças e jovens conseguem chegar pelos mais variados meios. A Educação é saber orientar e apoiar as crianças e jovens e suas famílias para uma utilização vantajosa e socialmente responsável do conhecimento que adquirem ao longo do seu percurso de crescimento. É por isso a Educação o maior e melhor investimento que uma sociedade pode e deve fazer. Por ele se conseguirá reduzir custos improdutivos e evitar despesas supérfluas por via da prevenção e de uma atitude responsável que os cidadãos são educados a exercer.
Acreditamos e a história demonstra-o que o desígnio da educação só será proficiente com a envolvência de todos e com um trabalho que ultrapassa hoje largamente os espaços confinados pelos edifícios escolares.
As Associações de Pais (AP) são a base e a essência de toda a estrutura do Movimento Associativo de Pais e da sua representatividade no diálogo e colaboração próxima com as escolas e com as famílias. Por essa razão queremos estar com os nossos associados no desenvolvimento de um trabalho para reforçar a reflexão e o debate. Todos somos chamados à discussão e ao desígnio que os tempos de hoje exigem na partilha e no trabalho conjunto. Participar na vida escolar dos nossos filhos e educandos, mais do que um direito é um DEVER. A CONFAP continuará a estar na primeira linha com as Federações e com as Associações de Pais na defesa do interesse supremo que é a Educação com rigor exigência e com ética das nossas crianças e jovens. Afinal a defesa do interesse pelo futuro da sociedade que é também o nosso futuro. Por vezes, nós os adultos, falamos e agimos como se apenas do futuro dos mais novos se tratasse. De facto é o futuro das novas gerações que está em causa, mas por via deles também a possibilidade de envelhecermos com qualidade de vida. Este é o RUMO que pugnarmos por prosseguir.
A equipa, que se renova, está consciente da responsabilidade que a todos é cometida e que a todos impõe um maior dever de disponibilidade para a Educação Escolar, pelo que se empenhará em exercer um papel motivador e aglutinador que à CONFAP compete.
A escola pública global e inclusiva, bem como um sistema de educação público não discriminatório tem que ser uma realidade muito para além do discurso, pelo que assumimos a responsabilidade de debater e o dever de exigir que a Educação seja definitivamente um investimento prioritário, onde o custo dos recursos seja o necessário e adequado para se conseguir uma educação de qualidade para todos. Tal objetivo exige uma estratégia de investimento concertada e em rede onde o custo com a educação escolar não seja um desperdício por via do afastamento da responsabilidade parental e o custo social com as famílias não constitua uma despesa sem retorno pelo desinteresse pela vida escolar.
Urge pensar e construir uma política educativa e social que congregue sinergias pela estruturação harmoniosa da comunidade socioeducativa. Estaremos com esta visão na defesa da criação de equipas pluridisciplinares que trabalhem na escola e com a escola as famílias. Percebendo a necessidade de adequar os recursos à capacidade de financiamento do país, entendemos que o desenvolvimento educativo e cultural das pessoas é a chave da solução, pelo que estas equipas podem ser encontradas no âmbito de um trabalho em rede com as autarquias e as comunidades locais.
Nesta linha de uma educação pública global e inclusa, continuaremos o trabalho desenvolvido em defesa das condições necessárias na educação especial (assim se denomina). As crianças com necessidades mais particulares são, como todos nós, diferentes e não sendo possível individualizar as soluções, este é um grupo que merece o nosso olhar mais atento. Incluímos nesta nossa preocupação a procura de uma solução para o pós ensino obrigatório, onde os responsáveis políticos têm que se empenhar em cooptar o meio empresarial.
É preciso continuarmos a trilhar e ambicionar um caminho de participação e de parceria, o que só podemos conseguir com o efetivo contributo de todos e no Movimento Associativo de Pais com o contributo das Federações e das Associações Parentais.
O objetivo será sempre o de dinamizar a reflexão critica e de contribuir para um projeto educativo consentâneo com as necessidades da comunidade e os interesses das famílias.
Assim:
COMUNICAÇÃO
Reforçar a comunicação:Sensibilização e perceção dos dirigentes no Movimento Associativo de Pais pela parceria e partilha. Informar e divulgar as Boas Práticas e experiências;
Reforçar e inovar (Weduc) a comunicação pela via tecnológica;
Estar com os dirigentes das estruturas sempre que tal for possível.
COM AS FEDERAÇÕES E COM AS ASSOCIAÇÕES DE PAIS E DE ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
Contribuir para a melhoria da participação das famílias, nas Escolas e no Movimento Associativo de Pais:Pese embora os cada vez mais gravosos constrangimentos de índole orçamental, não negligenciaremos, nem deixaremos de apoiar a atividade educativa, cultural, desportiva e recreativa que desenvolvemos na escola e com a escola.
Apoiar as Federações e as Associações Parentais a participarem nos eventos do MAP e da comunidade educativa, nomeadamente nas representações nos Conselhos de Turma e nos Conselhos Gerais.
Incentivar da forma que nos for permitida, as Associações de Pais a criarem estruturas federativas que alavanquem um projeto educativo conjunto mobilizador e dinamizador de mais e mais qualitativa e equitativa atividade local, quer da participação das famílias na Educação dos seus jovens quer na participação no desenvolvimento do MAP. Promover a existência de elementos facilitadores que possam constituir-se como interlocutores privilegiados para as problemáticas locais.
Promover os Conselhos Gerais com as Federações.
Grupos de trabalho que possam acompanhar e analisar projetos específicos como, NEE, AEC, CAF, estatutos, e assim apoiar o Conselho Executivo para que de forma mais esclarecida e fundamentada possa assumir as posições em nome do MAP.
Prosseguiremos o objetivo de construir com as famílias e respetivas estruturas representativas, uma intervenção participada, esclarecida e assertiva na definição estratégica dos projetos educativos e na concretização destes, através de planos de atividades elaborados em colaboração e parceria com as Associações Parentais, sem receio de ser parte na discussão e na avaliação do processo educativo, enquanto agentes influenciadores do futuro a que, inevitavelmente, hoje já pertencemos.
MEC
Estabilizar com o Ministério da Educação um protocolo de parceira que permita efetivamente toda a ação a que nos propomos e no sentido de desenvolver uma intervenção das famílias assertiva e útil à qualidade da educação nas nossas escolas. Só assim o investimento na Educação se consubstanciará na produtividade necessária e como garante do futuro de todos.
Diligenciar para que o Ministério perceba e esclareça o seu entendimento sobre a importância das Associações Parentais nas escolas e por via delas dos milhares de Mães e Pais que voluntaria e abnegadamente se dedicam à vida escolar dos seus filhos e educandos. Defender um regime fiscal transitório para que as Associações de Pais possam regularizar e estabilizar a sua atividade.
Defender um regime de parceira com as autarquias, através da celebração de protocolos com as Federações.
Intervir e assumir a posição representativa das Associações e das Federações sobre a atualidade das políticas educativas: autonomia, agregações, exames, critérios de correção, metas e planos curriculares, manuais, etc.
PARCERIAS
Ser um parceiro ativo:
Com as associadas;
Reforçar as parcerias institucionais com o Conselho Nacional de Educação, a Confederação Nacional de Ação Sobre Trabalho Infantil, o Conselho de Opinião da Rádio e Televisão de Portugal, a Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, o Instituto Português da Qualidade, a Plataforma Contra a Obesidade, a Plataforma Net Segura, a Comissão de Acompanhamento Permanente, Atividades de Enriquecimento Curricular, a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Coordenação Nacional para a Infeção VIH/SIDA, Conselho Nacional do Combate à Droga e à Toxicodependência, Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, Projeto Europar, Projeto Media Smart e Projeto Led on Values;
Outras Instituições - divulgar e participar se justificável, nas ações educativas, sociais, culturais e desportivas com fins relevantes para a Educação.
ENCONTROS / SEMINÁRIOS
Promover a organização do Encontro Nacional das Associações de Pais;
Promover e colaborar na organização de Encontros e Seminários sobre a Educação;Promover e colaborar na organização de Encontros e Seminários sobre a Ação Social Escolar;
Promover e colaborar na organização de Encontros e Seminários sobre Desporto, Cultura e outros temas relevantes para o desenvolvimento socio educativo das crianças e jovens portugueses.